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Bem vindo à Forja. Vamos falar de Economia. O Pastel de vento do Haddad.
No entanto promessa é divida e fala de Ministro é compromisso.
Começou um movimento de cobrança por parte da sociedade pelos cortes de gastos anunciados, enquanto notícias davam conta de que o principal empecilho para que os prometidos cortes acontecessem seria a resistência do próprio Presidente da República, que vê todos os gastos do governo como investimento futuro.
Fernando Haddad empurrou com a barriga o anúncio dos cortes de gastos até depois das eleições, exatamente porque várias das medidas a serem propostas, as poucas que Lula aceitaria, poderiam ser consideradas impopulares como por exemplo a redução nos reajustes do salário mínimo e o corte no abono do FGTS.
Mesmo depois das eleições Haddad tentava negociar com Lula algum corte que realmente pudesse agradar à sociedade, sinalizando alguma responsabilidade do governo. Mas o Presidente continuava irredutível em sua convicção de que gasto do governo sempre é investimento.
Agora no final de novembro a paciência de quem esperava o anúncio dos cortes começou a se esgotar e Haddad resolveu convocar a rede nacional para um pronunciamento oficial sobre como e onde cortaria os gastos, mesmo sem ter nada de efetivo para anunciar.
Para amenizar o fato de não ter nada para anunciar sobre os gastos, Haddad incluiu em seu pronunciamento a notícia de que finalmente o Presidente Lula iria cumprir uma de suas mirabolantes promessas de campanha. A de isentar do Imposto de Renda quem ganha até cinco mil reais.
Isentar quem ganha até cinco mil reais não tem nada a ver com corte de gastos, ao contrário, significa abrir mão de receita, quando os gastos parecem fora de controle e a diferença entre o que o governo gasta e o que arrecada está cada vez maior.
O mercado, personificado pelo governo como um vilão que pensa e age contra os interesses do povo pobre, reagiu mal ao pronunciamento do Ministro da Fazenda porque ele não entregou o que prometera há quatro meses.
O resultado do pronunciamento vazio de ideias concretas para diminuir os gastos do governo foi que a escalada do dólar, represada pelo primeiro anúncio do Haddad em julho, veio toda de uma vez e o dólar bateu o recorde atingindo $ 6,11 no dia seguinte, o que obrigaria ao Banco Central intervir, desperdiçando as reservas cambiais guardadas para situações extremas, como nos casos de uma pandemia, uma guerra, ou de um ataque especulativo externo.
Como a culpa pelo aumento do dólar é do governo com sua gastança desenfreada e do Haddad, que não consegue conter os arroubos gastadores do Lula, eles a colocam em quem quiserem.
Com a ajuda da mídia legada e de perfis patrocinados nas redes sociais começaram uma ofensiva difamatória contra o "mercado malvadão" e o Banco Central por não ter segurado o dólar. Como se o Presidente do Banco Central pudesse adivinhar o que o Haddad diria num final de noite.
Está cada vez mais difícil convencer a parte esclarecida da população, que espera medidas concretas no sentido do governo parar de gastar o dinheiro dos impostos exorbitantes com coisas supérfluas.
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