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ECONOMIA - ACABOU O CRÉDITO

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Bem vindo à Forja. Vamos falar de Economia. Acabou o crédito.

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Logo assim que venceu as eleições ainda em 2022 antes mesmo de assumir o cargo, Luiz Inácio da Silva, o Lula, pediu autorização ao Legislativo para furar o Teto de Gastos estabelecido pela Emenda a Constituição aprovada no governo do Michel Temer, que assumira depois do impeachment da Dilma Rousseff.  

Uma nova Proposta de Emenda a Constituição foi aprovada ás pressas, praticamente revogando a anterior e dando ao Presidente eleito um crédito extra de R$ 146.000.000.000,00 (cento e quarenta e seis bilhões de reais) que supostamente seriam usados para ajudar a cobrir os gastos com os programas sociais como Bolsa Família, Auxílio Gás e Farmácia Popular, entre outros que o Lula prometera ampliar durante a campanha.   

Os parlamentares aceitaram que eram motivos muito nobres os apresentados pela equipe econômica do novo governo que se instalaria, sem atentar para o fato de que a Emenda do Teto dos Gastos havia sido criada justamente para resolver os problemas econômicos criados pelos gastos excessivos que levaram à cassação do mandato da Dilma.   

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Com a licença para gastar, Lula tratou de quase duplicar o número de Ministérios, aumentando em muito o número de funcionários em cargos de confiança, trazendo de volta diversos cargos comissionados e tratou de preencher com amigos sindicalistas e apadrinhados de políticos que o apoiaram na eleição as vagas que Jair Messias Bolsonaro havia extinto justamente para poder adequar o orçamento ao Teto dos Gastos.  

Ao mesmo tempo o novo governo iniciou uma verdadeira "operação pente fino" no programa do Bolsa Família com vistas a reduzir o número de beneficiários, ao contrário do que havia prometido.   

Mas não parou por aí a gastança, tendo o governo implementado obras estruturais nos palácios usados como residência e local de trabalho do Presidente, renovando o mobiliário e comprando diversos itens de uso pessoal que chamaram a atenção pelo alto valor agregado.  

 Também Lula iniciou um roteiro de viagens por diversos países, levando consigo grandes comitivas que ficavam hospedadas nos melhores hotéis, quase sempre em áreas nobres e de interesse turístico nos lugares visitados.   

Quando criticado, o governo sempre usou o argumento de que poderia cobrir os gastos extras com o aumento da arrecadação, de acordo com um programa a ser implementado por Fernando Haddad, o Ministro responsável pelas finanças do Estado. De fato Haddad criou tantos impostos e reajustou para cima tantos outros que acabou conhecido como o "taxador da república", retratado em várias charges e "memes" nas redes sociais.   

Aconteceu que o Ministro da Fazenda, por total ignorância de conceitos básicos da economia, desprezou a teoria da Curva de Laffer, usada para reduzir impostos nos Estados Unidos nos anos 80. Por mais que ele tentasse aumentar a arrecadação aumentando os impostos, menos arrecadava e os gastos não foram cobertos, gerando déficit nas contas públicas a cada mês.   

Finalmente a situação chegou a tal ponto que, em ano eleitoral, os sucessivos déficits ameaçavam o desempenho dos candidatos apoiados pelo governo e o Ministro se viu obrigado a anunciar que faria cortes de gastos, mesmo sem ter nenhum planejamento neste sentido. Ele simplesmente não sabia onde poderia cortar gastos, porque para Lula todo gasto é investimento.   

Inventaram um pacote de corte de gastos que foi submetido ao Congresso, sendo que o normal seria o Congresso autorizar aumento de gastos como fez lá em 2022. Para cortar gastos o governo não precisa pedir autorização. Basta desfazer tudo o que foi feito quando iniciou a gastança desenfreada.   

Chegamos ao ponto em que o governo perdeu totalmente o crédito no mercado, porque ninguém engoliu o estratagema de passar a responsabilidade do corte para o Legislativo sabendo que o Executivo tem total autonomia para cortar e contingenciar gastos onde achar melhor dentro de suas atribuições como gestor do Orçamento.   

Enquanto o Dólar dispara, as bolsas despencam, os juros atingem patamares preocupantes e a inflação volta a ser crônica, o governo não consegue mais fazer dinheiro para pagar as despesas mais prementes. Ninguém se interessa pelos títulos que o governo tenta desesperadamente vender com a promessa de pagar quando puder. Porque os investidores apostam que o governo não poderá pagar.   

Seria tão mais simples se apenas começassem a desfazer as lambanças que começaram lá atrás, quando o governo usou o crédito que recebeu para gastar dinheiro e assumir dívidas como se não houvesse amanhã.  

Mas não no governo de um Presidente que usa como slogan a frase que diz que "o Brasil voltou". O Brasil voltou realmente, para os anos 1980, quando as incertezas econômicas causadas pela falta de credibilidade no governo espalhavam desespero e descrença quanto ao futuro do país.   

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