⬛ POLÍTICA - UMA VIDA PERDIDA ⬛

Ouça a Narração

Bem vindo à Forja. Vamos falar de um episódio triste.

Em Brasília um jovem mentalmente atormentado tirou a própria vida após lançar rojões contra o que ele elegeu como o símbolo de seu tormento. Quando passar o período das narrativas criadas pelos que discursam sobre os caixões a cada tragédia como essa, talvez passem a ver a atitude desesperada deste moço como um sinal de alerta. É preciso afrouxar a corda antes que aconteça pior. E talvez alguns se perguntem o que poderia ser pior que a perda de uma vida de maneira tão estúpida.

Quantos não estariam na mesma situação de angústia entre os milhões de brasileiros que observam com desesperança as decisões diárias da justiça brasileira? Quantos mais precisarão morrer para que finalmente entendam qual é o verdadeiro problema?

A Polícia Federal com base em diligências preliminares que encontraram uma mensagem escrita com batom no espelho da casa da vítima já formou a convicção de que o ato isolado de agora estaria ligado aos atos coletivos de há dois anos, porque lá também alguém escreveu uma mensagem com batom. E isso para os investigadores é evidência mais que suficiente para enviar o caso ao juiz responsável pelo inquérito anterior, em vez de abrir um novo inquérito como seria a praxe.

Não faz nenhum sentido para quem assiste com preocupação o desenrolar dos acontecimentos, mas para o Ministro que acolheu o caso também já é suficiente para que ele manifeste seu juízo em entrevista dada aos órgãos de imprensa poucas horas depois do ocorrido, em mais um recorde de promulgação de sentença dada antes de transcorrido o devido processo legal, por esta mesma justiça que aparentemente foi a própria causadora do transtorno.

Enquanto isso, a mídia moribunda de um jornalismo torpe reitera seu papel de alardear a narrativa dos discursos feitos sobre o caixão de mais uma vítima do sistema.

Até quando eles insistirão em culpar aos outros pelas consequências nefastas das arbitrariedades impetradas contra esta maioria da população que não concorda com os métodos usados para silenciá-las e marginalizar suas reclamações legítimas?

Um rapaz decidiu mandar-lhes uma mensagem mais barulhenta que uma simples frase escrita com batom em uma estátua. E em atitude desesperada preferiu morrer a ser julgado e condenado a uma pena superior a 17 anos de prisão que certamente lhe seria aplicada por essa mesma justiça corrompida contra a qual protestava.

Quantos mais precisarão protestar até que entendam o mal que tem causado também à saúde mental das pessoas com essas perseguições que usam a força desproporcional do Estado contra elas?

Chamá-lo de bolsonarista, terrorista, fascista, e tantos outros "istas", como fazem com todos os que de alguma forma protestam contra este sistema judicial corrompido não vai resolver o problema que o próprio sistema tem alimentado. Nem desviar o foco do problema vai ajudar a inocentar o verdadeiro responsável por tudo isso.

Tudo deve ter um limite, mas os atuais detentores do poder parecem não se importar em ultrapassá-lo, sem medir as consequências de seus atos. Acreditam-se acima de Deus, da Pátria e das famílias que eles perseguem e destroem sem piedade. Não importa quantas vidas precisam ser perdidas.

Até quando?

Manifestamos nossas condolências aos familiares e amigos do rapaz, ao mesmo tempo em que nos dirigimos a todos quantos se encontrem na mesma situação de desespero que ele, implorando que não tomem atitudes radicais que ao fim só penalizarão às pessoas que lhes amam. Antes aguardem, resistam, por que amanhã será um novo dia. Confiem em Deus.