Ouça a Narração
Bem vindo à Forja. Vamos falar de Jornalismo. A derrota da mídia.
Assistimos durante a campanha presidencial nos EUA uma disputa desigual em termos de propaganda. Quem acompanhou através da cobertura dos canais oficiais, chegou a acreditar em uma vitória folgada da Kamala Harris na corrida contra Donald Trump, tal era a força como as notícias pendiam para o lado da representante da esquerda.
Não só a contratação de artistas a peso de ouro, como a maneira massiva que cada manifestação a favor da Harris foi divulgada nos canais da mídia tradicional pintariam um quadro de derrota desencorajadora para os eleitores da direita conservadora que apoiavam Trump.
No entanto, quem acompanhava as manifestações a favor de um e de outro candidato através das mídias sociais nunca teve dúvidas quanto a vitória de Donald Trump, conforme se confirmou nas urnas.
A mídia legada perdeu para as mídias sociais.
A mídia legada perdeu porque não soube ou não quis reconhecer que quem decide uma eleição é o eleitor e não o que a mídia quer. Perdeu porque se recusou a ouvir a voz que reverberava em cada rede social deixando clara a vontade da maioria do eleitorado.
REPERCUSSÃO NO BRASIL.
A repercussão da vitória de Donald Trump, da maneira como é noticiada pela mídia tradicional brasileira, mostra que não estão dispostos a reconhecer que perderam e culpam as redes sociais, sem aceitar que quem faz a comunicação dentro da rede são os próprios perfis particulares e que cada pessoa individualmente tem mais credibilidade junto ao grupo no qual participam que a propaganda encomendada por quem está no poder.
No Brasil, como no resto do mundo, a mídia tradicional clama pela urgente regulamentação das redes sociais como se fossem uma entidade igual a eles, que ditam as tendências para as pessoas através dos meios oficiais de comunicação, quando o que acontece é exatamente o contrário.
Nas redes de informação descentralizadas e livremente distribuídas das mídias sociais quem dita as tendências são as pessoas que nelas participam emitindo suas opiniões sobre cada assunto. É dessa interação entre os indivíduos que surgem as tendências, na medida em que vários grupos começam a concordar uns com os outros.
A mídia tradicional se isolou da sociedade arvorando-se em um pedestal acima da vontade popular assumindo que quem dita a vontade popular são eles. Isso funcionou durante muito tempo, até que as pessoas passaram a usar seus perfis particulares para colocar em dúvida os ditames da mídia, com argumentos bastante bem embasados. E ficou patente o quanto a mídia mentia.
Longe de aceitar a derrota como fez Jeff Bezos em editorial do jornal de sua propriedade, nada menos que o The New York Times, espera-se da mídia legada brasileira o recrudescimento da perseguição contra as mídias sociais aqui no Brasil para que tentem a todo custo recuperar o poder perdido.
Eles não estão dispostos a aceitar a vitória das pessoas que formam as redes sociais e farão de tudo para calar a voz de quem ousa usar perfis particulares para discordar daquilo que tentam incutir nas mentes mal informadas dos que ainda se encontram presos em suas bolhas. Levará um tempo até entenderem que a derrota que lhes tem sido aplicada a cada dia é irrevogável.
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