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Bem vindo à Forja. Vamos falar de Economia. Cortes de Gastos.
Em julho, em meio à campanha eleitoral municipal, o Dólar ultrapassou a marca de 5,60 em relação ao Real, o que não era nada bom para os candidatos apoiados pelo Partido dos Trabalhedores do Lula. Então o Ministro da Fazenda Fernando Haddad e a Ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebet lançaram na mídia tradicional o factóide dos cortes de gastos do governo.
Não se sabe se por conveniência ou estupidez, setores do mercado pareceram acreditar na lorota do corte de gastos e o Dólar cedeu frente ao Real na época, dando um respiro para a campanha do PT nas eleições. A promessa dos cortes pareceu esquecida desde então e a vida política seguiu normalmente, conforme esperado pelo Governo.
Mas agora, passadas as eleições, quando o PT sofreu uma de suas maiores derrotas nas eleições desde que chegou ao poder, o Dólar voltou a subir com força ameaçando ultrapassar a marca dos 6,00 Reais.
Por falta de criatividade ou por inépcia de quem dirige a economia, eles resolveram relançar a mesma mentira da intenção de cortar gastos, que todos sabem vai de encontro às convicções do Presidente da República que muitas vezes afirmou que todo e qualquer gasto do governo deve ser visto como "investimento".
Parece incrível a capacidade daqueles que operam no mercado de capitais acreditar nas lorotas contadas pelos representantes do governo. Quando até as donas de casa sabem que quando Haddad e Tebet são escalados para dizer alguma coisa em nome do governo, aí é que nada vai acontecer de verdade.
Mas seguimos a novela dos cortes de gastos que se arrasta há mais de quatro meses sem que o governo anuncie de fato onde serão feitos os tais cortes e qual o valor estimado que esta economia significaria para as contas públicas.
Sim, porque até as donas de casa entendem que um Ministério da Economia deveria servir para fazer economia e não para gastar desbragadamente como se não houvesse amanhã.
Talvez seja esta a chave para entender a gastança descontrolada de Luiz Inácio da Silva, que pode ter se dado conta de que não haverá amanhã para ele e por isso resolveu gastar tudo o que pode agora, favorecendo aos setores com os quais espera poder contar quando de sua aposentadoria definitiva. É como fazer um pé-de-meia por empréstimo, que poderá ser cobrado dos favorecidos mais tarde.
O problema é que este pé-de-meia do Lula está sendo construído com o dinheiro de impostos, cobrados dos trabalhadores e de todos os setores produtivos da sociedade, ameaçando paralisar o país pela incapacidade de arcar com tantos gastos supérfluos que vão parar nas mãos de sindicalistas amigos nomeados para cargos nos quais demonstram não ter nenhuma competência para ocupar, ou vai para artistas e jornalistas pagos para falar bem do Governo e, finalmente, vai para empresários que nada contribuem para o desenvolvimento do país e em vez disso investem o dinheiro que recebem nas empresas falidas das ditaduras espalhadas pela América do Sul e na África.
No fim da última reunião supostamente feita para finalmente discutir os tais cortes de gastos que nunca saem da retórica mentirosa dos Ministros de fachada, Lula disse que não conseguirá cortar gastos se os setores da sociedade não lhe der uma contrapartida.
Isso só pode significar uma coisa: o corte de gastos vai virar na verdade desculpa para aumentar ainda mais os impostos. Porque, segundo Lula, a sociedade precisa dar mais um pouco de sua "contribuição" para que os supostos cortes se tornem possíveis. Preparem-se para mais aumentos de impostos para bancar a ineficácia do Governo em conter os gastos do Lula e da Janja.
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