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Bem vindo à Forja. Vamos falar da eminente jovem direita.
A grande maioria do brasileiro médio sempre foi conservadora nos costumes. Uma herança dos colonizadores portugueses, muito afeitos a importância do núcleo familiar e adeptos de uma moral religiosa cristã bastante estrita, ao ponto da maioria dos feriados nacionais em nosso calendário acompanharem os feriados das igrejas. Isso não significa necessariamente que sejamos todos de direita, como vimos em nosso último artigo.
O Estado brasileiro em sua composição e pela própria Constituição é muito esquerdista, principalmente a partir da redemocratização, quando muitos políticos simpáticos às ideias comunistas receberam anistia e voltaram ao país para fundar os principais partidos políticos que estiveram no governo desde então.
Mesmo o governo do regime militar não se poderia dizer propriamente que fosse de direita a bem da verdade. Apesar do senso patriótico que conseguiram implantar, da valorização da família como célula mater da sociedade e diversos outros valores conservadores, no que diz respeito à condução da economia o regime militar foi bastante controlador, apostando que é o Estado quem garante o crescimento econômico na medida em que escolhe o que deve e o que não deve ter prioridade nos investimentos.
Neste sentido os militares eram de centro-esquerda: conservadores nos costumes, mas excessivamente protecionistas na área econômica.
Foi deste excessivo controle estatal da economia que herdamos dos militares os problemas da inflação e a dívida astronômica, que só começaram a ser resolvidas a partir de outro governo de centro-esquerda, que mesmo assim não teria alcançado a estabilidade, não tivesse feito concessões ao liberalismo econômico.
Dessas pequenas concessões, caracterizadas pelas tímidas privatizações de algumas poucas empresas estatais, apenas o suficiente para fazer caixa de modo a viabilizar o Plano Real e protegê-lo de ataques especulativos, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) ganhou fama de ser de direta, apesar do nome socialista de origem e do que consta em seu estatuto.
No Brasil, entre profundos admiradores de Fidel Castro, Chê Guevara e Hugo Chavez, nós nunca tivemos um partido com verdadeiros representantes da direita, que apostassem no liberalismo econômico, onde o próprio mercado se regularia, permitindo aos investidores privados aplicar seus investimentos naquilo que a demanda da sociedade exigisse, como acontece nos países desenvolvidos.
Exceto pelo breve período de quatro anos, quando o Presidente Jair Bolsonaro, assumidamente oriundo dessa classe política de centro-esquerda que vigorou no Brasil até a eleição dele, escolheu para ser Ministro da Economia a um legítimo representante da direita, nós nunca soubemos o que era direita. E chamávamos de "direita" aos representantes do centro-esquerda, por falta de opções.
Mas, agora que sabemos o que é direita de verdade, o país se encontra dividido entre os que querem mais liberdade e aqueles que insistem em se agarrar a modelos protecionistas que nunca deram certo em lugar nenhum onde foram tentados.
E é essa eminente direita que está nascendo e crescendo entre a juventude que pode mudar de uma vez por todas o destino de uma nação que nasceu para ser grande, mas foi impedida por escolhas ideológicas ultrapassadas e equivocadas. Esse jovens que nunca mais permitirão tratar ao centro esquerdismo como se fosse a direta.
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