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Bem vindo à Forja. Vamos falar de justiça, a verdade sobre os presos do dia 9 de janeiro.
Durante os últimos 70 dias do ano de 2022 multidões mantiveram vigílias em acampamentos na frente dos quartéis do Exército situados em vários estados brasileiros, com a esperança nos militares impedirem que Lula da Silva, notório por seu envolvimento em vários escândalos de corrupção denunciados pelo Ministério público, assumisse o cargo na Presidência do Brasil.
Eles esperavam que, com esta manifestação pacífica, as Forças Armadas se sensibilizassem e intervissem como aconteceu em 1964, quando o exército depôs o então Presidente João Goulart sob a alegação de estarem salvando nossa democracia da iminente implantação do regime comunista no Brasil, evitando assim segundo os comandantes da rebelião, que o Brasil seguisse o mesmo caminho que Cuba seguira alguns anos antes.
Este povo incauto havia deixado de acreditar no pleno funcionamento das instituições democráticas do país, e no desespero depositaram o resto de esperança que sobrara no poder dos militares, sem entender que em 2022 os tempos são outros e a índole dos militares não é como outrora.
No dia 8 de janeiro de 2023, uma semana após Lula da Silva ter assumido a presidência, eles ainda estavam lá clamando que se fizesse alguma coisa para mudar este cenário. Foi quando aconteceu a grande manifestação que tomou as áreas públicas da Praça dos Três Poderes. A princípio, era para ser uma manifestação pacífica nos moldes de todas as demais demonstrações de união do povo que aconteceram antes.
No entanto, sem uma liderança para estabelecer limites firmes quanto ao que deveria ser feito, um pequeno grupo dentre a multidão de milhares de pessoas (falam-se de um grupo entre 120 e 200 baderneiros infiltrados entre os manifestantes pacíficos) deliberou invadir as dependências internas das sedes dos 3 poderes e depredaram o patrimônio público.
A maioria destes vândalos foi presa dentro ou enquanto deixavam os prédios no dia 8 de janeiro, com base em imagens internas das câmeras de segurança que registraram a barbárie.
Naquele mesmo dia 8 de janeiro, no meio da noite, o Ministro Alexandre de Moraes expediu uma ordem para que as entidades militares desmobilizassem os acampamentos em frente aos quartéis sob ameaça de prisão para quem desobedecesse.
O General Gustavo Henrique Dutra de Menezes, Comandante do Quartel General do Exército situado em Brasília, distante mais de 8 quilômetros do local onde ocorreram as invasões dos prédios, incitado por Lula e no afã de mostrar serviço, decidiu criar um ardil para prender os acampados em frente à unidade sob seu comando, antes que se completassem o prazo de 24 horas determinado na ordem do Ministro do STF.
Nas declarações do próprio General dadas à "CPMI do 8 de janeiro" a maioria dos manifestantes acampados eram pessoas que teriam vindo de longe e não tinham dinheiro para retornar às suas casas. Ainda de acordo com suas palavras, Dutra de Menezes os convencera pessoalmente a entrarem em ônibus fornecidos pela unidade militar.
Na verdade mais de mil pessoas, entre homens, mulheres, crianças e idosos, foram levados na manhã do dia 9 de janeiro de 2023 para um galpão improvisado e autuados pelo delito de desobediência a ordem judicial, antes mesmo do prazo para a desmobilização ter vencido.
Esses prisioneiros do dia 9 de janeiro foram incluídos pelo Ministro Alexandre de Moraes no inquérito que investiga as invasões do dia 8, sem que haja nenhuma prova de que tenham participado no evento, dada a distância em que foram presos e o intervalo de quase um dia desde a ocorrência. A única coincidência entre estes e aqueles é que usavam camisas verde e amarelas em sinal de patriotismo.
A imprensa desonesta e o próprio judiciário brasileiro tratam os mais de mil e duzentos prisioneiros indistintamente como se fossem "os presos do dia 8 janeiro", o que é uma falsidade absurda à luz dos fatos confessados pelos próprios autores das prisões.
Mais de mil brasileiros estão presos no dia 9 de janeiro de 2023, a maioria ainda cumpre medidas cautelares e alguns estão sendo condenados por um crime não previsto no Código Penal Brasileiro (permanecer em via pública na frente de um quartel), pegos que foram em uma armadilha covarde armada por um General do Exército.
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