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Bem vindo à Forja. Hoje vamos falar de Política. Caiu. No primeiro de Abril.

O dia primeiro de abril é o dia da mentira no Brasil.

Não haveria dia melhor para relembrar o que aconteceu no dia 9 de janeiro de 2023.

Em 2022, após o anúncio que Jair Bolsonaro havia perdido a eleição, o povo que votou nele se desesperou. Não podiam acreditar que um corrupto condenado em três instâncias por desvios bilionários que quase faliram o país, agora solto, estava eleito para governar o país no lugar do melhor Presidente da República que o Brasil já teve desde a abertura política.

No desespero de quem não tinha a quem recorrer contra tal injustiça, muitos foram para as portas dos quartéis militares espalhados em todo o Brasil e lá ficaram por mais de um mês, numa manifestação pacífica e silenciosa, famílias inteiras enfrentando dias de sol e chuva, na esperança de que os militares olhassem para eles e se compadecessem da situação em que se encontravam. Os militares eram sua última esperança.

Nos momentos em que sentiam falhar as forças, as multidões se juntavam em orações e cantavam o Hino Nacional, clamando aos céus que mudasse o destino a que o Brasil fora condenado. No dia 9 de janeiro, um dia após a invasão da Praça dos Três Poderes, o Ministro Alexandre de Moraes ordenou a "desocupação e dissolução total" dos acampamentos nas portas dos quartéis.

Os militares deveriam comunicar a ordem judicial aos manifestantes e convencê-los a retornar para suas casas num prazo de 24 horas, avisando que teriam de prender quem se recusasse a cumprir o prazo dado. Mas não foi assim que aconteceu na frente do Quartel General do Exército sediado em Brasília.

Um General covarde e traiçoeiro, querendo mostrar serviço ao Ministro do STF, mandou que enganassem aos manifestantes acampados na porta de seu quartel e os convenceu a entrar em vários ônibus, dizendo que seriam recebidos pelo Comando para serem ouvidos e, depois de identificados, seriam liberados para seguir seus caminhos. Mas eles foram presos, antes de se completar o prazo determinado pelo Ministro. Não lhes foi dada a oportunidade de cumprir a ordem de desmobilização.

Também não receberam voz de prisão, porque o covarde teve medo. Medo da reação de senhoras e crianças armadas com bíblias e guarda-chuvas. Foram todos levados para um galpão insalubre sem as mínimas condições de abrigar quem quer que fosse, e lá foram mantidos e tratados como animais, até que o Ministro decidisse o que fazer com eles.

No dia 11 de janeiro veio a ordem para que fossem transferidos para penitenciárias onde estão até hoje, mais de um ano depois, alijados do devido processo legal, sem julgamento, sem acesso aos advogados, sem esperança.

O dia primeiro de abril deste ano é também o dia em que se completam 60 anos do Golpe Militar de 1964. Os Generais daquele tempo não eram tão covardes como os de hoje e ao verem a proximidade do governo com os comunistas, o que poderia ter nos levado pelo mesmo caminho da ditadura cubana, resolveram intervir depondo o Presidente e todos os que simpatizavam com o comunismo.

Os militares se mantiveram no poder até que a queda do muro de Berlim e a dissolução da União Soviética dessem a impressão de que o risco do comunismo não existia mais. Mas, como vemos agora, o comunismo não morreu. Apenas vestiu a capa preta da "Social Democracia" para se disfarçar. E ainda nos vemos sob a ameaça de uma ditadura igual a de Cuba.

Os militares desta vez não se pronunciaram a favor do povo como fizeram em 1964. Ao contrário, estão mancomunados, para garantir que desta vez os comunistas tenham sucesso. Porque são os comunistas que agora pagam o salário deles.