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Bem vindo à Forja. Vamos falar de Justiça. Elon Musk capitulou?
Em meio a várias notícias sobre o desenrolar das ações de Elon Musk na defesa dos negócios da X Corp (dona do X-Twitter) no Brasil, algumas delas desencontradas entre si, torna-se necessário que se coloque tudo em perspectiva para não se chegar a conclusões precipitadas. A avalanche de informações na última semana tem deixado quem acompanha o caso de longe um tanto confuso.
Como no caso em que alguns afirmaram que o Congresso norte americano teria intimado o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro a se explicar, quando na verdade o que houve foi o cumprimento de uma formalidade pela defesa de Elon Musk, comunicando que o Comitê americano havia solicitado a entrega para avaliação dos documentos que envolvem denúncias de ingerência da justiça brasileira nas políticas da plataforma (X-Twitter).
Quase concomitantemente os advogados da companhia no Brasil enviaram um ofício ao STF onde a X Corp se comprometia a não desobedecer nenhuma das ordens judiciais que recebeu. Isso envolve não liberar contas bloqueadas pelos juizados brasileiros, mas principalmente não divulgar o conteúdo dos documentos com as ordens de bloqueio, por estarem sob sigilo decretado pela justiça.
Muitos entenderam então que Elon Musk estaria voltando atrás e desistindo da defesa do direito à liberdade de expressão na rede social. Os veículos de esquerda principalmente comemoraram o que consideravam uma vitória de Alexandre de Moraes, enquanto os conservadores acreditaram mais uma vez estarem sendo vítimas de "traição".
Embora aqui no Brasil muitas vezes se confundam a pessoa física dona de uma empresa com a pessoa jurídica constituída, na maioria dos outros países essa diferença é patente. São de fato duas pessoas diferentes. Enquanto a X Corp se compromete a não desobedecer ordens judiciais para não sofrer sanções econômicas, precisamos ter em mente que quem foi incluído no inquérito particular de Alexandre de Moraes foi a pessoa física de Elon Musk. E ele não vai deixar barato essa injustiça.
Ao entregar ao Congresso norte americano os documentos proibidos no Brasil, Elon Musk cumpriu sua promessa de divulgá-los, ainda que indiretamente, uma vez que os sigilos decretados pelas cortes brasileiras não tem jurisprudência sobre os parlamentares americanos.
A divulgação dos documentos mostram que a guerra de Elon Musk contra a injustiça está longe de acabar. Ele só levou a briga para o quintal dele. Onde Alexandre não tem nenhum poder.
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