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Bem vindo à Forja. Vamos falar de Política, mas podia ser de culinária. Fritura Petista
O pessoal mais novo, que não viveu o período do regime militar não sabe, ou não lembra. Houve um tempo em que a censura se tornou mais incisiva, os jornais eram obrigados a enviar suas pautas diárias para ser avaliadas por censores indicados, que tinham o poder de decidir se a matéria poderia ser ou não publicada. Quando não podiam, sem tempo hábil para fazer uma nova matéria e submeter à avaliação, os jornais publicavam receitas culinárias nos espaços reservados para os artigos proibidos.
Para ir treinando enquanto não chegamos neste ponto ainda, resolvemos usar o espaço para publicar uma receita caseira. Aprenda agora como se faz uma boa fritura à moda petista.
INGREDIENTES.:
Vamos precisar de um déspota, que faça nomeações visando interesses próprios sem levar em consideração a capacidade técnica dos indicados e também de um feliz empossado que não sabe que vai ser fritado mais na frente, de preferência alguém que não faça parte do núcleo duro do PT. Quanto mais afastado do núcleo, melhor e mais rápida será a fritura.
Para completar precisamos de uma panela, formada por puxa-sacos próximos ao déspota que foram preteridos na hora da nomeação, e de um grupo de velhos aliados que também não estejam satisfeitos com um estranho no ninho, ocupando um cargo importante no governo.
O cargo também pode influenciar na qualidade da fritura. Quanto mais verbas destinadas a instituição ocupada ou potenciais licitações de grande valor que possam ser feitas, mais vai-se acelerar o processo da fritura.
O PROCESSO.:
Tendo tudo isso em mãos agora vamos acrescentar os temperos. É preciso que indicado para ocupar o cargo, deslumbrado com a autoridade recém adquirida dentro da hierarquia do partido, cometa deslizes éticos e morais no exercício do cargo. Na verdade, no governo petista todos cometem este tipo de deslize, mas só os neófitos que nem sabem direito o que estão fazendo ali servem para uma boa fritura.
Aí basta contactar a mídia cooptada e deixar vazar informações sobre os desvios para que sejam publicados, de preferência aos poucos para não queimar. Uma boa fritura precisa ser feita devagar, mas não muito devagar, tostando um lado de cada vez, para que a fritura não respingue atingindo pessoas próximas nem se espalhe por todo o partido.
Vejam por exemplo os casos da Dona Nísia Trindade, Ministra da Saúde, e do Senhor Jean Paul Prates, Presidente da Petrobrás. São bons exemplos de frituras que estão sendo bem feitas, conforme a receita. Ambos parecem não ter se dado conta do potencial de geração de riquezas para o partido que têm nas mãos e logo estarão fora do governo.
Antes deles tivemos o caso do Juscelino Filho, Ministro das Comunicações, que resolveu usar o cargo em benefício próprio e esqueceu de ajudar aos outros membros do partido. Mas este tem as costas quentes e por isso não foi uma fritura bem sucedida. Até ao Fernando Haddad, tido como o intragável almofadinha que ocupa o Ministério da Fazenda já tentaram fritar sem sucesso.
Fritar um aliado é uma arte que exige grande perícia e experiência. Não pode ser feito por qualquer um dentro do partido, sob o risco da fritura se voltar contra quem está tentando fritar.
A próxima na lista da fritura provavelmente será a Anielle Franco, irmã da Marielle e atual Ministra da Igualdade Racial, não porque ela não sabe o que está fazendo no Ministério, mas porque ela não está fazendo literalmente nada. Na verdade há quem pense que ela já está até atrapalhando. Quem for fritá-la terá a benção do Luís Inácio. O que aumenta as chances de ser uma das melhores frituras este ano.
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