Política - As 5 Fases do Luto

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A perda é sempre dolorosa, principalmente se recai sobre nós quando menos esperamos. Os psicólogos acreditam ter identificado cinco estágios pelos quais a maioria das pessoas passam durante o processo do luto, seja pela perda de alguém muito querido ou mesmo por algo que consideramos de suma importância, como um emprego, um relacionamento e até mesmo a derrota em uma eleição dada como certa.

Os conservadores experimentaram recentemente, no fim de 2022, os efeitos devastadores do processo do luto, quando Jair Messias Bolsonaro, candidato preferido da maioria patriota que povoa as redes sociais perdeu a disputa para um reconhecido corrupto recém saído da prisão apenas para concorrer, tendo a seu favor todo o apoio da máquina da oligarquia que tomou Brasília de assalto.

A começar pela fase da negação, quando nos recusamos a admitir e buscamos as justificativas para o que aconteceu. Em consequência entramos na fase da raiva, onde pode ser que alguns tenham resolvido agir com uma violência que não caracteriza normalmente o povo conservador. Na fase da barganha alguns de nós se agarrou ao fio da esperança de que de alguma forma pudesse haver uma reviravolta que revertesse o resultado das urnas. Então veio a fase da depressão quando nos calamos entendendo que tudo estava dominado e o sinal estava fechado para nós. Finalmente fomos para a fase da aceitação decididos a "passar uma borracha em tudo" e esquecer. Perdemos. Fim.

Mas daí iniciamos uma sexta fase que raramente é considerada pelos estudiosos. A fase da reação, em que voltaremos a nos organizar com vistas ao futuro próximo que nos bate à porta nas eleições municipais deste ano, com a determinação de não permitir que o ocorrido em 2022 se repita.

Redescobrimos a nossa força quando vimos que podemos nos reunir de novo em grandes manifestações, como aconteceu no dia 25 de fevereiro e não há nada que os opositores dos valores que defendemos possam fazer para nos impedir.

E agora são eles que experimentam as fases do luto, porque sentem que já perderam. Todas as narrativas criadas para abater nosso espírito só serviram para nos fortalecer e eles estão atônitos. Os jornalistas regiamente pagos para defender o regime foram acionados mas não sabem o que fazer. Ao perceber que bastou apenas um pedido de nossa liderança para entendermos nossa força e que despertamos da letargia em que estivemos mergulhados, eles se assustaram. Sentiram o poder que emana de nós.

Tentaram negar o alcance do ato realizado no dia 25 e quiseram diminuir a importância da manifestação, despejando toda a raiva que sentiram em declarações vazias e editoriais depreciativos, quando não ignoraram simplesmente agindo como se não tivesse acontecido a maior manifestação dos últimos tempos. Eles sentiram o baque e mostram que estão bastante doloridos. Porque embora já devessem estar acostumados, não aprenderam a lidar com a derrota.

Aos poucos estão parando de brigar com os fatos e até o apedeuta que hoje ocupa a presidência se viu obrigado a aceitar publicamente que foi gigante e que ele não sabe dizer de onde veio tanta gente.

Dizem que pretendem esboçar uma reação, mas divergem entre si, sobre se deveriam ou não tentar convocar uma manifestação capaz de rivalizar com a dos conservadores, quando o próprio Lula se recusa a colocar a cara nas redes sociais para chamar seus apoiadores e se esconde terceirizando a responsabilidade para os sindicatos aparelhados, enquanto os sindicalistas avaliam se seria bom para eles se arriscarem num provável fiasco.

Passamos pelas fases do luto e não só sobrevivemos como saímos mais fortes da experiência. Agora é a vez deles.