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Bem-vindo à Forja. Vamos falar de Jornalismo. Depoimento do Brigadeiro Baptista Jr
A menos que haja outra versão não disponibilizada pela justiça, a transcrição em 13 páginas do depoimento prestado na condição de testemunha pelo Tenente Brigadeiro CARLOS DE ALMEIDA BAPTISTA JÚNIOR, conforme tornado público, não acrescenta nada relevante à narrativa do golpe, que nunca aconteceu mas tentam por todas as formas convencer ao público em geral que esteve em andamento, mediante deturpações do que dizem as testemunhas.
Jair Messias Bolsonaro desde antes da realização do primeiro turno das eleições havia tornado pública sua desconfiança em relação à lisura das eleições e é lógico que se sentisse lesado ao final do segundo turno, quando o TSE ratificou a vitória de seu adversário.
Segundo declarações do Brigadeiro à Polícia Federal, registradas no Termo de Depoimento número 603105/2024 datado em 17 de fevereiro, havia se passado uma semana desde o fim do segundo turno e o então Presidente tratou de convocar os Comandantes das Forças Armadas a fim de que o informassem sobre os resultados da Comissão de Fiscalização do Ministério da Defesa, formada a convite do TSE para fazer o acompanhamento das eleições.
Bolsonaro estaria convencido de que poderiam ter encontrado algo que pudesse confirmar suas suspeitas de possível manipulação das urnas eletrônicas, mas recebeu como resposta de seus Comandantes Militares não terem encontrado nada que pudesse ser usado como prova.
Ainda segundo depoimento do Brigadeiro, o Ex-Presidente trouxe-lhes à apreciação novas informações divulgadas na internet após o segundo turno, atribuídas a observadores independentes que teriam encontrado uma falha, que foi confirmada pela Comissão, porém com a garantia de que tal falha não interferiria no resultado da eleição e que não se tratava de uma prova de fraude.
Neste ponto é importante frisar o persistente uso da expressão "Golpe de Estado", citado 18 vezes no depoimento, uma vez entre parênteses na página 8. Nenhuma delas se deve a declaração expressa do depoente e sim às palavras do inquisidor, numa clara tentativa de manipulação e induzimento da testemunha.
Enquanto Bolsonaro tomava ciência de todas as informações houve uma movimentação política, intermediada pelo Ministro da Justiça Anderson Torres que acionou o departamento jurídico à disposição da Presidência, no sentido de relacionar todas medidas legais cabíveis caso se encontrassem provas de fraude.
Teriam elaborado uma suposta minuta, avaliando o uso constitucional da decretação do Estado de Sítio, com a convocação de novas eleições e a prisão dos participantes da suposta trama, pois no caso de haver fraude nas eleições tratar-se-ia de uma tentativa de golpe.
Este rascunho teria sido levado à apreciação dos Comandantes Militares que o desaconselharam, ainda segundo o depoimento do Brigadeiro, ao reafirmarem não haver a comprovação de uma fraude que pudesse justificar tal ação.
Em vista de todas as garantias dadas pelos Comandantes das Forças Armadas, não restou ao então Presidente fazer outra coisa, senão resignar-se e entregar o cargo ao novo Presidente eleito, depois viajar em merecidas férias para os Estados Unidos, conforme foi feito e noticiado em todos os jornais.
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