Ouça a Narração
Bem vindo à Forja ... Vamos falar de JORNALISMO - ENTRE A NARRATIVA E A "FAKENEWS" No artigo FATOS SOBRE AS FAKE NEWS, publicado em junho de 2023, explicou-se o que é uma "fakenews", como identificá-la e sobre o devido combate que deve ser feito a este tipo de desinformação.
"A notícia é um produto comercial, produzido por um jornalista contratado e vendido como informação ao público em geral por grupos empresariais devidamente registrados, legalmente autorizados por concessões do governo a explorarar este ramo de negócio como órgãos oficiais."
A partir desta definição, chegamos a conclusão de que qualquer pretensa informação que não seja publicada por um destes órgãos oficiais autorizados pelo governo não é notícia. E que portanto seria errado chamar de "fakenews" (notícia falsa) qualquer publicação que não tenha a assinatura destes.
Agora que sabemos o que é, e o que não é, "fakenews", precisamos desfazer uma confusão recorrente que há entre "fakenews" e narrativas. Uma narrativa não é necessariamente uma "fakenews", a não ser que seja baseada em uma premissa sabidamente falsa publicada por um orgão oficial de imprensa.
Ficou famosa a frase do atual presidente do dia 29 de maio do ano passado quando ele disse que:
A narrativa pode ser construída sobre um fato real, apenas manipulando e direcionando a informação, omitindo detalhes de forma a forçar o espectador a chegar a uma determinada conclusão. O efeito da narrativa será tanto melhor e mais duradouro quando o destinatário acreditar que chegou à conclusão por si mesmo, apenas analisando o que foi publicado, justamente porque a narrativa está, ou poderia estar, baseada em fatos concretos.
Agora vamos a um exemplo de caso em que uma narrativa já é nela mesmo uma "fakenews", porque publicada por órgãos oficiais de imprensa, mas construída com base em fatos sabidamente falsos.
Aconteceu no último dia 9 de fevereiro, um dia depois dos eventos narrados no artigo "NARRATIVAS DE UM GOLPE IMAGINÁRIO", as redes de notícias foram tomadas pela divulgação de um vídeo no qual supostamente o Ministro Alexandre de Moraes teria baseado os mandados de prisão, busca e apreensão do dia anterior.
Segundo os jornalistas da #GloboNews que capitanearam a divulgação, o vídeo de uma Reunião Ministerial de setembro do ano passado (portanto antes do primeiro turno das eleições) fora obtido com "exclusividade" pela equipe da emissora e foram publicados trechos fora de contexto que segundo eles deixavam clara a arquitetura de um golpe de estado pelo então Presidente Bolsonaro.
Mais dois dias de intensa publicação em cima do suposto "furo de reportagem" e eles, antevendo que a verdade viria à tona e seriam descobertos, resolveram dobrar a aposta e publicaram a falsa notícia de que o Ministro Alexandre de Moraes havia decidido "retirar o segredo de justiça sobre o vídeo" e que só agora as imagens estariam disponíveis na íntegra para quem quisesse ver.
Tratava-se no entanto, conforme a Polícia Federal informou depois, de um vídeo disponível na internet desde setembro de 2022, que poderia ser encontrado por qualquer um com acesso em um buscador como o Google. A Polícia Federal disse ainda na nota oficial que não havia nada a ser investigado no vídeo, e que portanto nunca teve nada a ver com as investigações que levaram às ações do dia 9.
A GLOBO NEWS como de praxe soltou uma nota curta citando à correção feita pela PF, notinha esta que não teve nem terá a mesma repercussão de quando a mentira foi contada por dois dias inteiros, em todos os meios oficiais de comunicação, com a participação massiva de blogueiros agenciados por uma agência de publicidade nas redes sociais, construindo assim uma narrativa conforme ensinada há um ano pelo presidente Lula.
Até hoje, e durante muito tempo ainda, há pessoas se referindo e repostando o vídeo acreditando se tratar de uma informação fidedigna e não um conto de ficção inventado por um grupo de jornalistas mal intencionados, guiados por um direcionamento ideológico canhestro e sem amor a uma profissão tão nobre.
Agora que sabemos o que é, e o que não é, "fakenews", precisamos desfazer uma confusão recorrente que há entre "fakenews" e narrativas. Uma narrativa não é necessariamente uma "fakenews", a não ser que seja baseada em uma premissa sabidamente falsa publicada por um orgão oficial de imprensa.
Ficou famosa a frase do atual presidente do dia 29 de maio do ano passado quando ele disse que:
“Se eu quiser vencer uma batalha, eu preciso construir uma narrativa para destruir o meu potencial inimigo." ~ Luis Inácio da Silva
Agora vamos a um exemplo de caso em que uma narrativa já é nela mesmo uma "fakenews", porque publicada por órgãos oficiais de imprensa, mas construída com base em fatos sabidamente falsos.
Aconteceu no último dia 9 de fevereiro, um dia depois dos eventos narrados no artigo "NARRATIVAS DE UM GOLPE IMAGINÁRIO", as redes de notícias foram tomadas pela divulgação de um vídeo no qual supostamente o Ministro Alexandre de Moraes teria baseado os mandados de prisão, busca e apreensão do dia anterior.
Segundo os jornalistas da #GloboNews que capitanearam a divulgação, o vídeo de uma Reunião Ministerial de setembro do ano passado (portanto antes do primeiro turno das eleições) fora obtido com "exclusividade" pela equipe da emissora e foram publicados trechos fora de contexto que segundo eles deixavam clara a arquitetura de um golpe de estado pelo então Presidente Bolsonaro.
Mais dois dias de intensa publicação em cima do suposto "furo de reportagem" e eles, antevendo que a verdade viria à tona e seriam descobertos, resolveram dobrar a aposta e publicaram a falsa notícia de que o Ministro Alexandre de Moraes havia decidido "retirar o segredo de justiça sobre o vídeo" e que só agora as imagens estariam disponíveis na íntegra para quem quisesse ver.
Tratava-se no entanto, conforme a Polícia Federal informou depois, de um vídeo disponível na internet desde setembro de 2022, que poderia ser encontrado por qualquer um com acesso em um buscador como o Google. A Polícia Federal disse ainda na nota oficial que não havia nada a ser investigado no vídeo, e que portanto nunca teve nada a ver com as investigações que levaram às ações do dia 9.
A GLOBO NEWS como de praxe soltou uma nota curta citando à correção feita pela PF, notinha esta que não teve nem terá a mesma repercussão de quando a mentira foi contada por dois dias inteiros, em todos os meios oficiais de comunicação, com a participação massiva de blogueiros agenciados por uma agência de publicidade nas redes sociais, construindo assim uma narrativa conforme ensinada há um ano pelo presidente Lula.
Até hoje, e durante muito tempo ainda, há pessoas se referindo e repostando o vídeo acreditando se tratar de uma informação fidedigna e não um conto de ficção inventado por um grupo de jornalistas mal intencionados, guiados por um direcionamento ideológico canhestro e sem amor a uma profissão tão nobre.
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