SAÚDE - ÔMICRON

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Bem vindo à Forja ... Vamos falar de SAÚDE - ÔMICRON

Quem conhece esta página sabe que eu dificilmente uso o espaço pra falar da minha vida pessoal.

Mas, entre os dias 10 e 25 de janeiro de 2022 me aconteceram coisas que eu preciso dividir com vocês.

Qualquer um que tenha prestado atenção às aulas de Biologia no ensino médio já ouviu falar do "princípio da memória imunitária".

Trata-se do entendimento de que, um organismo uma vez infectado por um corpo estranho, como um vírus por exemplo, retém em seu sistema imunológico a memória do antígeno (uma espécie de impressão digital do invasor guardada num banco de dados) de modo que, ao ser reinfectado por esse mesmo corpo estranho, o organismo já sabe como reagir para expulsá-lo.

Este é o princípio que norteia a produção de vacinas, por exemplo, quando o tal antígeno é inserido artificialmente no banco de dados do nosso organismo.

Outra forma de produzir o antígeno é ser infectado diretamente pelo invasor vivo como eu fui. Esta segunda forma é de longe a mais perigosa, porque o seu organismo não sabe bem ao certo como agir na primeira vez mas, vencida a infecção, você se torna virtualmente imune a ela.

Eu fui infectado pelo Corona vírus em maio de 2021, razão pela qual confiante na Ciência, eu acreditava estar imune ao vírus.

Desde então tive várias oportunidades de testar esta certeza científica, quando estive inadvertidamente exposto ao convívio com pessoas que estavam infectadas sem saber.

Por quase um ano estive exposto ao vírus em várias oportunidades e não fui contaminado, o que reforçava minha confiança no conhecimento científico. Até o dia 10 de janeiro de 2022. COMO EU FUI CONTAMINADO?

Meu filho é agente de saúde da Prefeitura e, por exigência do trabalho, é obrigado a manter a carteira de vacinação dele atualizada contra Covid, com todas as doses de reforço inclusive Enquanto eu mesmo não sou vacinado, por opção pessoal e por acreditar na Ciência, como expus anteriormente.

Aconteceu de eu passar 3 dias na casa do meu filho trabalhando numa pequena reforma. No dia 10 de janeiro comentei com ele que sentia dores nas costas e acreditava que isso se devesse a recente troca do meu colchão. Mas as dores evoluíram e, ao final do dia, se espalhavam pelas costelas tornando difícil respirar.

No dia 12 meu filho instou comigo que eu fizesse o teste de Covid e conseguiu agendar pra eu fazer no dia seguinte. Só então ele soube que havia ele mesmo testado positivo num dos testes de rotina do trabalho e deduziu que eu poderia ter sido infectado por ele.

O resultado do teste está na foto que ilustra este artigo. Sim, eu estava contaminado, de novo.

É muito difícil pra nós, que somos fãs da Ciência, ter nossas convicções confrontadas dessa maneira.

Eu não sei explicar cientificamente como pude ser reinfectado por um vírus que eu venci há menos de um ano. E essa estória de "variante muito diferente" não me convence.

A única certeza que eu tenho é que eu fui infectado por um vírus que veio de uma pessoa com três vacinações no cartão.

Como foi a primeira e única vez que eu tive contato prolongado com alguém vacinado e infectado, não consigo pensar em outra razão para o meu organismo não ter reconhecido o antígeno do vírus e o combatido como aconteceu nas outras vezes em que estive exposto. Só posso concluir que fui contaminado por um vírus modificado pela vacina e que, por ser diferente do primeiro que me contaminou um ano antes, não foi reconhecido pelo meu sistema imunológico. É o que me parece mais lógico.

No mais, repeti os passos do tratamento usado em 2021, combatendo cada sintoma imediatamente na medida em que se apresentavam, com todos os recursos que o conhecimento humano me disponibilizam.

Refiz o teste no dia 22 de janeiro, só para me certificar de que eu havia vencido a Covid pela segunda vez.

Continuei ainda por mais de seis meses combatendo as sequelas que a segunda infecção deixou no meu sistema circulatório, mas hoje posso dizer que estou bastante bem.

Viva a Ciência!