O esquema montado pelo PMDB dentro do Governo petista foi chamado de "quadrilhão" pela imprensa engajada
Desde o começo do Plano Real o PT iniciou uma campanha de difamação contra as políticas econômicas levadas a cabo pelo Governo de Itamar Franco tendo a frente do Ministério da Economia o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, porque a companheirada entendia a ameaça que a estabilidade da moeda representaria contra a eleição de Lula.
Dito e feito, Lula foi humilhado nas urnas por duas vezes, em 1993 e 1997, não chegando sequer a disputar o segundo turno.
Aí o PT radicalizou.
Uniu-se a empresários que já se mostravam descontentes com os efeitos do Plano na economia, posto que perderam os ganhos com a especulação diária sobre a inflação e os juros altos. Mais fácil ainda foi arrebanhar o que havia de pior na política brasileira.
Enfim todos juntos para destruir o Plano Real.
Antes disso, o PMDB tinha apoiado o Governo de Fernando Henrique Cardoso em seus dois mandatos, mas o ex-Presidente e então Senador José Sarney queria lançar sua filha Roseana Sarney candidata a sucessão de FHC. Sarney foi vencido nas prévias e, em retaliação promoveu um racha nas bases do PMDB, unindo-se ao PT no trabalho desonesto e criminoso de destruição do Plano Real.
Empresários irresponsáveis juntos com a propaganda desonesta dos partidos de oposição liderados pelo PT e parte do MDB finalmente conseguiram desestabilizar a economia levando Lula ao poder em 2004.
O PMDB inteiro então, sempre sob a articulação de Sarney, mudou de lado. O partido passou a apoiar Lula em troca de espaço no governo, como é de sua natureza fisiológica.
O PT formulou um projeto de poder que contava na base financeira com o esquema montado para favorecer aos empreiteiros que ajudaram Lula a se eleger.
O esquema consistia em comprar o apoio de mais da metade do Congresso Nacional mediante o pagamento de mesadas a parlamentares corruptos, anulando assim o Poder Legislativo.
O dinheiro viria do desvio de verbas e superfaturamentos de obras nas estatais, geridas por políticos indicados e acobertados pelo próprio Presidente da República.
A ideia era muito simples. Todos tinham total liberdade para criar o esquema que quisessem em suas respectivas competências, desde que pagassem um pedágio ao Partido do Governo sobre todos os esquemas.
O Presidente tinha o Ministério da Justiça, que por sua vez comandava com mão de ferro aos órgãos de fiscalização. Para quem não pagava o pedágio sobre as transações ilícitas, a lei era dura e a execração pública era certa através de uma boa parte da imprensa alinhada com o esquema.
Claro que todos preferiam pagar a propina a ter a Polícia Federal na sua porta logo cedo, acompanhada da imprensa.
Foi assim que o PMDB teve liberdade para montar o que depois fizeram parecer um esquema de corrupção independente mas que, na verdade, sempre foi parte de todo um esquema muito maior.
Até agora só investigaram a parte do esquema montado na Petrobrás, estatal cujo controle o PT nunca abriu mão, deixando de lado os esquemas montados em todas as outras estatais nas esferas Federal, Estaduais e Municipais, notadamente os casos que vieram a tona nas delações premiadas, como o envolvimento do BNDES e dos Correios, bem como o dinheiro desviado dos Fundos de Pensões e autarquias subordinadas ao Governo Federal.
Após o impeachment da Dilma Rousseff, quando Michel Temer assumiu a Presidência, a mídia atendendo a interesses ainda desconhecidos passou a tratar a parte do esquema gerido pelo PMDB como se fosse separado de tudo aquilo que o PT fez em seus 13 malditos anos no poder.
Talvez porque pensem que somos burros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu Comentário será respondido em breve.