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Bem vindo à Forja. Vamos falar de Artes. Cultura Nua.
Não adianta gritar que há algo onde todos estão vendo que não há nada além do embuste já denunciado em 1837.
Se procurarem nas redes sociais encontrarão performances nudistas desde muito tempo. Na maioria dos casos, a reação dos que vêem as fotos é jocosa. Os nudistas performáticos em geral são motivo de risos e de piadas para os usuários das redes sociais e, a rigor, não chocam a quase ninguém. Então porque insistem que a recente crítica ao evento do Museu de Arte Moderna se deve apenas a um preconceito?
O Estado é um paquiderme que leva uma eternidade para dar a volta sobre o próprio eixo. Manifestações contra os critérios que norteiam promoções de cunho social, como é o caso dos programas de incentivo a cultura, podem levar décadas para ser sentidas pelo gigante, garantindo a sobrevida e o lucro dos que se locupletam do sistema sem produzir nada útil.
De modo que, se dependesse apenas da reação estatal frente as manifestações, eles nada teriam com o que se preocupar. Mas a resposta imediata aos boicotes pelos empresários é uma novidade que provoca nos autointitulados artistas o temor que o cancelamento das generosas contribuições se generalizem, tirando deles o que tem sido desviado dos que ficam à mingua na busca legítima por um patrocínio.
Manter o status de arte às suas aberrações tornou-se fundamental. É patente o desespero dos embusteiros que veem pairar uma séria ameaça sobre a mina de ouro que é chamar qualquer porcaria de arte.
Por isso gritam e esperneiam: É arte! É arte!
Sem a forçada definição de arte, não haveria nada em suas performances que valesse o dinheiro gasto.
Desesperados, se voltam violentamente contra o público a quem deveriam atender como artistas que dizem ser. Querem convencer a força que há na nudez uma roupagem que só os sábios e os entendidos podem enxergar. Ofendem a inteligência dos consumidores, chamando-os de ignorantes por denunciarem seu único objetivo, que é arrancar dinheiro de um programa de incentivo sem critérios definidos.
Tal qual o menino da obra de Hans Christian Andersen, o público aponta o dedo com muita razão, denunciando que eles estão apenas nus. Tão só e desgraçadamente nus. Que não há nenhuma concepção artística em tirar a roupa, onde quer que seja.
Sem o patrocínio morrerão de fome porque, até provem o contrário, não sabem fazer outra coisa além de ficar nus. E excetuando lá uma ou outra senhora que gasta sua pensão nos clubes para mulheres, não há ninguém que queira pagar para ver um homem nu.
A não ser o Estado, se eles continuarem gritando que é arte, até alguém lá em cima acreditar.
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