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Bem vindo à Forja. Vamos falar de Amy Winehouse, Uma Última Nota (In Memorian)
Talvez nunca mais tenhamos a oportunidade de resgatar o melhor que os grandes do passado nos legaram.
Winehouse... apartamento... morta!
Estaquei de imediato e agucei os ouvidos, procurando captar alguma coisa que desfizesse minha primeira impressão, quando o toque de meu celular me trouxe de volta. Era uma amiga para me avisar que acabara de assistir no tantantan-tantantantan da Globo a triste notícia. Amy Winehouse acabara de ser encontrada morta em seu apartamento situado ao norte de Londres.
Confesso que a notícia me abalou. Amy era para mim a mais grata surpresa da música contemporânea. A notável influência jazzística recebida de seus pais aliada a sua voz marcante que lembrava as grandes divas do passado, mas com uma personalidade ímpar, me faziam sonhar com a possível redenção da música moderna, vinda não da parte dos dinossauros sagrados, mas por parte de jovens verdadeiramente talentosos.
Cheguei em casa mais cedo para plantar-me em frente a TV que entre os flashs que nada acrescentavam ao que eu ainda não sabia, apresentava o programa do criativo comunicador Luciano Huck que anunciava a estreia de mais um de seus quadros, o "Olha minha Banda 2011, Especial Rock In Rio". Ele dizia que, de um universo de 40.000 candidatos, tentaria selecionar pelo menos três que merecessem se apresentar no palco do Rock In Rio em setembro.
Finalmente o júri composto pelo Luciano, a Roberta Medina, o Júnior irmão da Sandy, e o Lucas marido da Sandy conseguiram escolher as três bandas. A primeira a ser apresentada foi a banda gaúcha TRI.
Nada contra os garotos de Uruguaiana, em quem reconheço um talento musical diferenciado. Mas enquanto eles se apresentavam, fiquei pensando que, se num universo de 40.000 participantes eles seriam o melhor que se poderia escolher, em que outro universo encontraríamos uma Amy Winehouse?
A estatística me atingiu com um baque surdo. Talvez nunca mais tenhamos a oportunidade de resgatar o melhor que os grandes do passado nos legaram. Desliguei a TV, coloquei o CD da Billie Holiday para tocar e voltei a sonhar.
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