Artigos pseudo científicos de séculos passados ainda inspiram notas lamentáveis sobre a suposta classificação racial humana.
O racismo, a segregação da humanidade baseada na variedade étnica, tem um histórico difícil de ser rastreado até suas origens. Mas é constrangedor constatar que as maiores atrocidades feitas em nome da falsa premissa de que certas etnias são superiores às demais, e que por isso as inferiores devem ser subjugadas e até mesmo extintas para o bem da humanidade, remonta a menos de três séculos. Baseiam-se em alegações pseudo-científicas, propostas por pesquisadores preconceituosos.
E mesmo hoje, depois que a verdadeira prática científica provou que não existe razão para a classificação da espécie humana em raças distintas, os preconceitos travestidos de juízos científicos publicados há algumas poucas décadas ainda tem inspirado o horror.
"Entre selvagens, os fracos de corpo ou mente são logo eliminados; e aqueles que sobrevivem exibem comumente um estado vigoroso de saúde. Nós, homens civilizados, por outro lado, fazemos o que podemos para barrar o processo de eliminação. Nós construímos asilos para os imbecis, os aleijados, os doentes, criamos institutos para os pobres, e nossos médicos exercem sua maior habilidade para salvar a vida de cada um até o último momento. Assim, os membros mais fracos das sociedades civilizadas propagam sua espécie. Ninguém que tenha assistido à criação de animais domésticos tem dúvidas de que isto deva ser altamenteprejudicial para a raça do homem. É surpreendente como logo uma falta de cuidado, ou cuidado mal dirigido, leva à degeneração de uma raça doméstica, mas com exceção no caso do próprio homem, dificilmente qualquer um seja tão ignorante para permitir que seus piores espécimes se reproduzam."
-----------------------------Charles Darwin em "A Descendência do Homem" (The Descent of Man), 1871
Leia mais:
A Origem do Homem e o Preconceito Racial
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu Comentário será respondido em breve.